VISUALIZANDO INVISÍVEIS
Por:
Fernando Ós
Quando
Chico Xavier ainda residia na Comunhão Espírita de Uberaba, num sábado de
manhã, tive a nítida visão de um espírito trajando roupas usadas pelos
astronautas lunares. Éramos umas seis pessoas entrando no quarto do médium. Foi
um rápido lampejo de luz esbranquiçada. Foi a minha primeira visualização,
apesar de que ele – o espírito – não notou, ou fez que não notou aquele meu
olhar de admiração.
Lembro
também que havia uma imagem pequena fixada na bandeirola da porta do quarto.
Entre os presentes, um senhor bem trajado, apontando uns 50 anos, perguntou em
tom irônico:
–
Chico, o Santo Expedito ali... Ainda se usa imagens aqui?
Chico
respondeu imperturbável:
– Olha, em alguns lugares mais adiantados, não se usa imagem. Mas eu ainda venero meu antigo padroeiro, Santo Expedito. Também levo comigo Nossa Senhora, a Mãe Santíssima.
E
arrematou:
–
Veja, irmão, há pessoas mais adiantadas que não mais precisam de imagens de
espíritos iluminados. Mas eu ainda não atingi esse ponto.
Houve
certo silêncio no ambiente após a explicação do médium, mas já era meio-dia e
todos fomos almoçar no refeitório da instituição.
Observei
também que Chico não estava sentado conosco na cabeceira da mesa por estar
servindo pratos com feijão, arroz, carne e alface para crianças e adultos que
estavam participando da refeição.
O
Espírito Veio Agradecer
No
episódio que vou contar fui protagonista não premeditado, mas real nos planos
físico e espiritual.
Éramos
amigos, Círia e eu. Não é necessário dizer seu nome completo, o importante é
que aconteceu. Encontramo-nos pela primeira vez em 1974, início dos trabalhos
junto a Chico Xavier. Várias foram as visitas que fizemos na casa do médium em
Uberaba. Ela formou-se em Psicologia, foi professora e por volta dos 45 anos
casou e cinco anos depois enviuvou. Reencontramo-nos mais quatro vezes naquela
casa santificada, e, nesse penúltimo encontro, perguntei-lhe porque não
frequentava algum centro espírita da cidade, mas não lembro se ela respondeu a
esse questionamento. Falamos sobre enigmas da vida e ela me disse: “Fernando,
ninguém sabe nada do dia de amanhã, mas tenho andado adoecida e, se por ventura
eu vier a desencarnar, espero dizer-te adeus antes ou depois do desencarne.”
Bem,
a última vez em que nos reencontramos foi um mês depois do desencarne de Chico
Xavier, em 2002, no cemitério de Uberaba.
Mantivemos
correspondência por vários anos e, subitamente, ela não mais me respondeu.
Soube mais tarde que Círia falecera e orei por ela.
Em
julho de 2008, tive um sonho no qual ela veio claramente dar-me notícias na
condição de espírito. Pediu desculpas por não ter escrito quando enfermou
gravemente num hospital, disse que sentia muitas saudades de Chico e que,
graças às preces que fazia para ele e Maria, Nossa Senhora, ela atualmente
permanece em uma colônia espiritual na qual estuda profundamente a Doutrina
Kardecista. Ela era amiga e admiradora de Chico e recebia muitos conselhos
evangélicos.
Acrescentou
estar satisfeita pela oportunidade recebida de poder me agradecer os saudosos
tempos de Uberaba, sorriu e desapareceu no sonho. Seguidamente eu oro pelo seu
caridoso espírito.
Comunicações
com Chico Após seu Desencarne
Quanto
aos contatos que mantínhamos quando Chico estava encarnado, nós nos
comunicávamos por meio da fala e através de correspondências; agora,
evidentemente, é pela prece, pelas vibrações do coração e pelo pensamento. Na
última fase da sua vida física e logo após seu falecimento, eu sentia muito a
falta dele, em forma de saudade – Chico definia saudade como sendo a “falta do
magnetismo de alguém”. Mas, como tudo muda e evolui na vida e no Universo, com
muita oração, no passar do tempo, percebi aos poucos que, por via das
consciências, Chico respondia às minhas indagações e demandas. Qual se fora uma
luz distante que aos poucos veio se aproximando.
Não
obstante eu aprendi a ver o que era meu e o que vinha de Chico. E até hoje é
assim. Chico a todos nos faz falta, nos dois planos da vida.
Artigo:
Visualizando Invisíveis
Por:
Fernando Ós
Fonte:
Matéria Publicada na Folha
Espírita em Novembro de 2009 - Edição Número 423.
O Hospital Espiritual do Mundo agradece
os irmãos da FOLHA ESPÍRITA pelo artigo que iluminou este espaço de aprendizagem
e encontros Sagrados.
Se
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texto e cite o autor e a fonte. Obrigada. Hospital Espiritual do Mundo.
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As imagens usadas neste site foram tiradas da net sem autoria das mesmas. Caso
alguém conheça o autor das imagens, agradeceremos se nos for comunicado, para
que possamos conferir os devidos créditos. Grata, Esperança.
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